Uma “Chávez” esquecida…

No dia sete de janeiro de 2023, o Esporte Clube Bahia anunciou a sua 9º contratação para temporada, o lateral-esquerdo Jhanner Chavéz. A chegada ocorreu em uma transação que se tornou a maior da história do clube baiano. Foram investidos R$ 18 milhões no atleta, que chegou com status de estar entre os 10 laterais mais promissores do mundo, além de ter sido promovido ao profissional pelo próprio técnico português, ou seja, era natural que as gigantescas expectativas fossem criadas.

Apesar de muito novo, Chávez possui um currículo interessante na sua curta carreira. Na última temporada o jogador marcou sete gols e deu três assistências, além de ter conquistado a Copa Sul-Americana de 2022, a Libertadores sub-20 e a Copa do Mundo sub-17, realizada no Brasil, em 2019. 

O fato é que suas principais características como: construção, velocidade, muita força e competência no “mano a mano”, além de ser um fator surpresa na fase ofensiva (rompendo as linhas adversários por dentro), foram determinantes para a conquista do seu último título (a final da Sula contra o São Paulo, em Córdoba) e pela procura de grandes clubes para contar com o seu futebol.

No Esquadrão, a sua plenitude ainda não foi vista, mas as perguntas são as seguintes: Vocês acham que o lateral esqueceu de jogar futebol? Será que ele é isso tudo? E o contexto por trás? O objetivo da coluna é elucidar esses questionamentos que pairam na cabeça do torcedor tricolor. 

Foto: Maurícia da Matta

Vamos para a resposta! 

O que tem acontecido no início do trabalho na Cidade Tricolor tem influência total no desempenho do defensor.

Chávez precisa ser potencializado, de um sistema no qual a fase defensiva esteja muito bem elaborada para ele ter liberdade para atacar às pontas com maior confiança. 

O próprio time, que de fato ainda não demonstrou evolução, faz com que, em muitos momentos, o lateral consiga a ultrapassagem, mas o mesmo não é acionado.  

Um dos grandes trunfos do Independiente Del Valle, eram os lançamentos em profundidade, para aproveitar as costas das defesas descompactadas, já que existe um definição muito clara no futebol que diz: “Jogadores que vem de trás tem maior probabilidade de causar danos”, só que não para por aí. A rotação demasiada dificulta a confiança do equatoriano e um melhor entendimento dos companheiros em campo. 

Bom, se você chegou até aqui, necessita estar ciente que uma grande “chave” do jogo pode ser Chávez, mas ela foi esquecida em alguma parte da Cidade Tricolor. Espero que achem logo!