Retrospectiva do Bahia; relembre o ano do tricolor em 2024

O torcedor do Bahia teve um ano muito marcante em 2024 e apesar dos altos e baixos, o tricolor teve uma mudança substancial no nível de competitividade e nos objetivos esportivos nesta temporada. 

Já no início do ano, o torcedor do Bahia se animou com a ida agressiva da diretoria ao mercado de transferências, contratando grandes jogadores que formaram a base do time titular em praticamente todas as competições no ano, com a chegada de um meio de campo extraordinário com Jean Lucas, Caio Alexandre e Everton Ribeiro, além da manutenção dos principais nomes do ano anterior, como Cauly, Biel, Gabriel Xavier e Thaciano. O Esquadrão iniciou a sua pré-temporada em Manchester, num intercâmbio cultural e futebolístico, onde o clube desenvolveu o seu futebol, teve contato direto com os atletas do Manchester City, disputou amistosos e aproveitou das estruturas do CT e acomodações do primo Inglês para se preparar para o início de temporada. 

Retornando ao Brasil e já nas competições do primeiro semestre de 2024, o tricolor conseguiu realizar grandes campanhas, tanto no Campeonato Baiano, quanto na Copa do Nordeste, ao mesmo tempo em que era construído um estilo de jogo que encantou o Brasil, com um time muito democrático na execução dos gols e de extrema qualidade no tratamento da bola e construção ofensiva. Nos clássicos regionais, o Bahia conseguiu bons resultados, como ter vencido Sport, Vitória e Ceará, pela Copa do Nordeste. Já no Baianão o tricolor sobrava, goleando seus adversários, como foi os 5x0 sobre Jacobina e Itabuna. Mas, apesar do ótimo desempenho no início das competições, o principal problema do Bahia em 2024 começou a aparecer. O tricolor em jogos decisivos, (como os clássicos Ba-Vis da final do Baianão e eliminação para o CRB na semifinal do Nordeste), frustraram a torcida na expectativa da conquista de títulos no primeiro semestre de 2024.

No Brasileirão o Bahia começou com tudo, principalmente pela perda das competições regionais, os comandados de Rogério Ceni queriam dar uma resposta ao torcedor. Com uma campanha extraordinária no primeiro turno o tricolor sobrou no Campeonato Brasileiro, chegando ao seu auge técnico e físico, encantando o país com um estilo de jogo de muita posse de bola e troca de passes para a construção dos resultados, vencendo grandes jogos, como contra Cruzeiro, Fortaleza, Grêmio e Botafogo. Em paralelo a isso, o Bahia sempre conseguiu ir avançando na Copa do Brasil, eliminando o atual campeão brasileiro e da Libertadores Botafogo na Arena Fonte Nova pelas oitavas de final da competição, e partindo para enfrentar o Flamengo nas quartas em busca de uma semifinal inédita na sua história.

No segundo semestre do ano, o Bahia conseguiu começar ainda tendo um bom desempenho, vencendo jogos importantes e buscando objetivos maiores no Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, mas o principal problema da equipe no ano, voltou a acompanhar o time de Ceni. O Bahia perdeu jogos cruciais, partidas importantes que poderiam fazer com que o time sonhasse, nas devidas circunstâncias, com um título nacional, G-4 e posteriormente classificação direta para a Libertadores. Mas, após a eliminação insossa na Copa do Brasil para o Flamengo, cansaço do elenco curto junto com a falta de contratações na janela do meio do ano, o Bahia se deparou com uma sequência de resultados negativos, como para Cuiabá e Corinthians no Brasileirão e o time de Rogério Ceni caiu muito de rendimento, entrando em um espiral negativo durante praticamente toda a reta final de temporada, deixando o torcedor chateado e levando uma insegurança sobre a possibilidade de uma tão sonhada vaga na Libertadores depois de 36 anos. Após a derrota para o Corinthians por 3 a 0 na Néo Química Arena, o torcedor parecia desesperançoso e desconfiante, mas na partida final contra o já rebaixado e lanterna Atlético-Goianiense, o Bahia fez seu dever de casa e ainda com o tropeço do Cruzeiro nas rodadas finais, conquistou a vaga para a Pré-Libertadores de 2025, possibilitando o sonho do torcedor tricolor na competição mais importante do continente e buscando elevar ainda mais o patamar do elenco nas próximas temporadas.

Apesar das muitas frustrações, a sensação é que o Bahia junto com Grupo City, estão aprendendo, engatinhando no processo de crescimento e solidificação dos seus objetivos no cenário do futebol Brasileiro, e por mais que derrotas doloridas tenham frustado o torcedor, a esperança de grandes conquistas contagia as expectativas para novos sonhos em 2025. Como comentou o CEO do Grupo City, Ferran Soriano, parafraseando Vinicius de Moraes, “Para se fazer um samba com beleza, é preciso um pouco de tristeza”.