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Bahia e Vitória “namoram” BYD, mas política chinesa e rivalidade travam negociações

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Bahia e Vitória “namoram” BYD, mas política chinesa e rivalidade travam negociações

Bahia e Vitória “namoram” BYD, mas política chinesa e rivalidade travam negociações

Autor(a): Thiago Teixeira e Matheus Simoni - BNews

Foto: Divulgação

A dupla Ba-Vi ensaiou uma aproximação junto à montadora chinesa BYD (Build Your Dreams) com o objetivo de entender os planos da empresa para o futebol brasileiro, sobretudo, para o mercado baiano. As reuniões não trataram de um eventual patrocínio diretamente, mas sim, de uma possível parceria — vista com bons olhos tanto pelo Bahia como pelo Vitória.

No entanto, de acordo com informações obtidas pelo BNews Premium junto a interlocutores da BYD, a política global da montadora em não negociar com clubes isoladamente foi um dos motivos para as negociações não avançarem. Essa postura tem sido adotada, inclusive, na China.

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O rubro-negro baiano foi o primeiro a se movimentar. Em fevereiro do ano passado, a convite do presidente do Vitória, Fábio Mota, um dos representantes da BYD no Brasil visitou a Toca do Leão e conheceu as instalações do clube. Nesse meio tempo, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) chegou a ser acionado pelo comandante rubro-negro para viabilizar o patrocínio aos clubes baianos. No entanto, as tratativas não avançaram.

O Esquadrão de Aço, por sua vez, fez um aceno em julho. Na oportunidade, o CEO do Bahia, Raul Aguirre, visitou a inauguração da concessionária BYD Mandarim Iguatemi, que fica na Avenida ACM. Nas duas oportunidades, as equipes buscaram entender as pretensões dos chineses para o futebol.

O BNews Premium apurou que a BYD também vê com bons olhos uma aproximação com a dupla Ba-Vi devido à representatividade de ambos para a Bahia — que vai abrigar a montadora da gigante chinesa a ser inaugurada em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). No entanto, a política global de não atrelar a marca BYD a clubes não deve ser flexibilizada — pelo menos por hora.

"Nós temos uma admiração profunda pelo trabalho de gestão tanto pelo Bahia como pelo Vitória e por toda tradição do futebol baiano que tantas alegrias já trouxe ao futebol brasileiro. Mas é política global da BYD não atrelar a marca a clubes diretamente”, informou um porta-voz da montadora em conversa com o BNews Premium.

A BYD ainda está mapeando o mercado do futebol sul-americano, sobretudo o brasileiro. Apesar da empresa ter feito importantes acenos que demonstram seu interesse no esporte aqui no Brasil — a exemplo dos patrocínios dos campeonatos baiano e paulista —, parcerias firmadas diretamente com clubes ainda estão fora de cogitação

Rivalidade

Um outro ponto sensível para os chineses é a intensa rivalidade entre a dupla Ba-Vi. A BYD entende que, caso haja uma aproximação com uma das equipes, a outra também precisaria ser contemplada — a exemplo do patrocínio “casado” da OAS com Bahia e Vitória entre 2010 e 2013. A ideia seria não fechar portas e nem favorecer nenhum dos dois lados isoladamente.

O problema é que, ainda de acordo com o que interlocutores informaram ao BNews Premium, essa manobra poderia centralizar a marca BYD na Bahia, o que vai de encontro com um dos objetivos primordiais da empresa em expandir seu nome em todo território nacional. Com isso, a possibilidade de uma “dobradinha” foi descartada.

O que dizem os clubes

O BNews Premium questionou o Bahia sobre o encontro de Raul Aguirre com representantes da BYD. O tricolor, no entanto, informou que não vai se posicionar. A reportagem também tentou contato com o presidente do Vitória, Fábio Mota. Em conversa com o BNews Premium, o comandante rubro-negro confirmou o encontro em fevereiro com representantes da BYD.

Na ocasião, não foram apresentadas apenas as instalações do clube, mas também a a importância social do Leão para as comunidades vizinhas. "O Vitória é maior que um alcance futebolístico, desenvolve projetos sociais, como o Vitória Cidadania, envolvendo 600 crianças", enfatizou Fábio Mota.

Além disso, foi colocada na mesa uma proposta da venda dos naming rights do estádio Manoel Barradas, o Barradão, que passaria a contar com a nomenclatura da BYD. Os valores, no entanto, não foram divulgados. A ideia é que, com a venda dos direitos, o Vitória conseguisse levantar fundos suficientes para iniciar reformas no Barradão. A possibilidade, no entanto, ainda não teve retorno da BYD.

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