Bahia faz jogo de menos finalizações na temporada contra o Boston River

O Bahia entrou em campo nesta terça-feira para enfrentar o Boston River, no estádio Centenário, em Montevidéu, com a expectativa de conquistar uma vitória convincente, mas o que se viu foi uma atuação abaixo das expectativas. A partida terminou sem gols, mas o desempenho da equipe gerou críticas por parte de jornalistas, torcedores e comentaristas, que apontaram a falta de criatividade e de agressividade no ataque do time baiano.

Embora tenha dominado amplamente a posse de bola ao longo dos 90 minutos, o Esquadrão de Aço não conseguiu traduzir essa superioridade em oportunidades claras de gol. A estatística de 65% de posse de bola é reveladora de como o Bahia esteve com a bola no pé por grande parte do tempo, mas a falta de objetividade fez com que o time não fosse capaz de ameaçar com eficiência o gol adversário. Foram 628 passes certos, mas sem a contundência necessária para desestabilizar a defesa do Boston River.

Em contraste, o Boston River teve apenas 35% de posse de bola e 337 passes certos, mas conseguiu se defender com solidez e se aproveitou da ineficiência do Bahia em transformar a posse em chances reais de gol. O time uruguaio, embora sem ter controlado o jogo, manteve-se firme e garantiu o empate.

A ausência de um público significativo no estádio – com menos de 10 mil torcedores presentes – contrastou com a grande capacidade do Centenário, que comporta até 60 mil pessoas, o que também refletiu na sensação de um clima de pouco entusiasmo ao redor da partida.

A crítica maior, no entanto, se concentra na falta de criação ofensiva do Bahia, que, mesmo tendo quase o dobro de posse de bola, não conseguiu produzir o volume de jogo necessário para vencer. A equipe demonstrou um jogo previsível, sem velocidade nas transições ou profundidade nas jogadas ofensivas, fatores que facilitaram a defesa do time adversário.