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Foto: Pablo Rivero
A investigação sobre o acidente fatal envolvendo o meia Rodrigo Garro, do Corinthians, pode se estender por até três meses, segundo a previsão do promotor Francisco Cuenca, do Ministério Público de La Pampa, Argentina. O acidente ocorreu na madrugada de sábado e resultou na morte do motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos. Garro foi indiciado por homicídio culposo (sem intenção de matar), mas não teve a prisão preventiva decretada, já que o Ministério Público considera que não há riscos processuais.
Em entrevista ao ge, Cuenca detalhou que a investigação entrará em um novo estágio a partir de fevereiro, com a realização de perícias mais aprofundadas. "Normalmente, não temos processos muito longos, creio que em dois ou três meses a situação estará resolvida", afirmou. Durante esse período, Garro está autorizado a deixar a Argentina e retornar ao Brasil para se apresentar ao elenco do Corinthians, sendo liberado para viajar e jogar sem restrições legais.
O promotor esclareceu que a colisão entre a moto e a caminhonete dirigida por Garro ocorreu quando o motociclista trafegava pela via secundária e se chocou com o lado do passageiro do veículo. Chiaraviglio estava sem capacete no momento do acidente, o que pode ter contribuído para a gravidade do impacto. A defesa de Garro alega que as luzes do veículo estavam apagadas, mas essa informação só poderá ser confirmada após a análise das câmeras de segurança do local, tanto as particulares quanto as da polícia.
Além disso, a investigação irá realizar uma perícia completa nos veículos envolvidos, incluindo exames de velocidade e impacto, além de um exame toxicológico em Chiaraviglio para verificar se ele havia consumido substâncias antes do acidente.
Em relação ao jogador do Corinthians, o teste de etilômetro realizado após o acidente apontou uma taxa de álcool no sangue de 0,54g, abaixo do limite de 1g exigido para que houvesse agravante no caso. Mesmo assim, Garro teve a carteira de habilitação suspensa e foi enquadrado no artigo 84 do Código Penal, que trata da condução imprudente e negligente de veículo automotor.
O acidente ocorreu enquanto Garro estava acompanhado de Facundo Castelli, jogador do Emelec, em uma via em La Pampa. Garro foi ouvido pelas autoridades nas primeiras horas de sábado e liberado, sem ser preso, após colaborar com a investigação.