Contratado para ser a “sombra” de Deola no gol do Vitória, Wilson chegou ao rubro-negro após muitos anos no Figueirense. Após fazer história no clube catarinense o jogador se desligou e aceitou o convite do Rubro-negro onde espera escrever uma nova etapa de sua carreira.
Confira o bate-papo exclusivo que o goleiro Wilson bateu com o Galáticos Online onde fala sobre o Flamengo, Figueirense e chegada ao Vitória.
- Seu primeiro clube na carreira foi no Flamengo. Foram quantos anos no rubro-negro e porque não se firmou quando se profissionalizou?
Cheguei no Flamengo com 11 anos, fiz toda minha categoria de base lá. Quando fui para o profissional, naquela transição tinham outros goleiros, foi a época que o Bruno estava chegando no Flamengo e como estava subindo a gente precisa sair um pouco, ganhar experiência, pedi isso ao clube e surgiu a oportunidade de ir para o Figueirense, o Flamengo não queria me liberar, mas conversei com o Ney Franco (técnico na época), pedi para ser emprestado, seria uma boa oportunidade de jogar e foi aí que aconteceu meu empréstimo em 2007 e renovei em 2008. Depois rescindi com o Flamengo e fiquei em definitivo no Figueirense.
- A ida para o Figueirense foi a oportunidade que precisava para poder mostrar seu futebol?
Sim, sim! Sabia que no Flamengo seria difícil ter uma oportunidade naquela época e a gente tem que estar jogando, então no Figueirense seria uma grande oportunidade e felizmente foi como planejei, fui conquistando meu espaço aos poucos, fiquei seis anos jogando como titular e para um goleiro é difícil ter uma sequência. Fui feliz e conquistei meus objetivos lá.
- Em 2011 o Figueirense fez uma grande campanha na série A, onde ficou onze jogos invicto, mas em 2012 acabou sendo rebaixado. O que aconteceu de um ano para o outro que acarretou na queda do time para a série B?
Primeiro devido a grande campanha que fizemos em 2011 muitos jogadores acabaram saindo, houve uma reformulação e foi difícil segurar os jogadores. Em 2012 foi um ano complicado, principalmente na questão política, foram muitas brigas internas que acabou dificultando fora de campo e que refletiu dentro de campo. Foram muitas brigas, coisas erradas e infelizmente acarretou no rebaixamento.
- E porque você, mesmo sendo um ídolo do torcedor, acabou não ficando no clube?
Depois de toda essa briga que falei, acabou trocando presidente, diretoria e eles acharam melhor fazer uma reformulação e acabaram tirando todos os jogadores que estavam lá. Tiraram o Fernandes que estava lá a treze anos, ídolo, mas foi uma decisão que tomaram, a gente respeita, tinha dois anos de contrato, eles optaram por isso, a torcida em sua maioria ficou triste, mas agora é um recomeço de carreira no Vitória e o Figueirense ficou no passado.
- Pelo menos no Figueirense você marcou seu nome na história como o goleiro que mais vezes vestiu a camisa do clube com 331 jogos.
É, foram 331 jogos, goleiro que mais vestiu a camisa na história do clube, o quinto jogador que mais vestiu, então foram marcas expressivas que alcancei lá e fico muito feliz.
- Aqui no Vitória você chega e encontra a concorrência de Deola. Isso te motiva ainda mais a trabalhar e mostrar serviço no clube?
Claro! É uma motivação a mais para mim, motivação a mais para ele, o próprio Gustavo que tem muito potencial, então só quem tem a ganhar com isso é o Vitória. O Deola vem jogando desde o ano passado, é o capitão da equipe, mas vou seguir treinando forte, sempre buscando o espaço para que o nível de motivação e técnico seja o máximo e assim o treinador Caio Júnior tenha sempre boas opções para o setor em quem entrar vai dar o melhor pelo clube.
- O último ídolo do clube foi o goleiro Viafara e depois dele nenhum jogador se firmou com este status. Você chega ao Vitória com o pensamento de ocupar este espaço?
Quando cheguei aqui se falou isso que desde a saída do Viafara passaram muitos goleiros, muitos jogaram e falei que esperava chegar e junto com os outros goleiros a gente parasse por aí essa rotatividade no gol do Vitória. Aos poucos vou trabalhando, quando tiver oportunidade poder corresponder a altura, corresponder o que toda a equipe espera e quem sabe um dia eu conquistar o espaço e a titularidade do Vitória, mas chegar ao status de ídolo está um pouco longe, mas é trabalhar e buscar no dia a dia conquistar a confiança do torcedor e do clube.
- Qual sua avaliação em relação ao atual elenco do Vitória?
Grupo bom, estou gostando bastante, jogadores com muita qualidade, grupo unido, infelizmente teve esse reves na Copa do Nordeste, mas o grupo já mostrou na estreia que o que aconteceu é passado e estamos focados no Baiano e vamos buscar este título.
- Você tem três gols na carreira. Tem essa característica também?
É, tenho essa característica de bater bem na bola, tenho três gols na carreira, marquei alguns gols na base do Flamengo, no Figueirense fiz três gols. Isso é treinamento e quem sabe se eu começar a treinar posso voltar a cobrar, mas isso não é prioridade, meu negócio é defender, mas se tiver oportunidade quem sabe posso marcar uns gols também.
- Deixa uma mensagem ao torcedor do Vitória.
Posso dizer que estou feliz neste clube, sei do peso que tem essa camisa, a paixão do torcedor pelo clube. Quando a gente vem jogar contra sabe que é difícil e pode contar comigo porque vou vestir a camisa com muita honra, trabalhar forte para quando tiver a oportunidade fazer o melhor pelo Vitória.