Entrevista concedida aos repórteres Thiego Souza e Rafael Sena
O Ypiranga continua com o status de “o mais querido”. Como você avalia isso?
Eu fico satisfeito porque isso prova que o Ypiranga continua sendo o mais querido. Eu creio que a partir do momento que nós formos demonstrando esse trabalho que vem sendo feito, a torcida vai chegar mais e creio que toda a cidade e imprensa vai chegar e reconhecer todo esforço que estamos fazendo para que esse time retorne.
Você gostaria de ver o ressurgimento dos antigos clubes do nosso estado, em especial de Salvador?
Salvador carece de mais um clube, de mais um não, de vários, como o Galícia por exemplo. Estou torcendo para que todos os clubes da Bahia que estão parados, que tenham pessoas que queiram lutar para restaurar essa volta desses clubes, para que o futebol da Bahia se enriqueça.
Está sendo complicado gerir o Ypiranga?
O Ypiranga está sendo o fruto de uma luta muito árdua. É um ano de luta e o fruto dessa luta vocês começam a ver agora com o retorno do time para a segunda divisão, fruto já de um trabalho organizacional.
Você iniciou sozinho esse trabalho?
Eu iniciei esse trabalho e depois de oito meses de trabalho árduo, diariamente né?! Quase que direto. Não vou dizer a você que foi 24 horas por dia porque eu precisava dormir, mas depois de oito meses o Emerson veio nos ajudar e depois que ele chegou ficou uma coisa assim muito mais fácil.
Qual a forma de “sobrevivência” do Ypiranga?
Você está vendo ali camisas que a gente vende, cds, colaborações de torcedores e é só isso. Espero que nós tenhamos nossas rendas desbloqueadas para que a gente possa sobreviver.
Qual o objetivo do Ypiranga? O time vai ficar instalado agora em Simões Filho?
Vou dizer uma coisa a você. O objetivo nosso é o Ypiranga voltar mesmo para ficar. Inclusive se você olhar aqui, nós estamos no estádio, que foi uma das coisas que nós buscamos, uma casa para o Ypiranga. Essa casa foi aqui em Simões Filho. O prefeito de Simões Filho e a Secretaria de Desporto tem nos ajudado bastante e o que tenho a fazer agora é juntamente com a direção do Ypiranga fazer com que esse contato, essa parceria dure para sempre, onde Simões Filho seja a casa de grandes jogos.
O que aconteceu com a Vila Canária?
A Vila Canária ainda está sob júdice. Nós estamos ainda lutando em justiça. Para vocês terem uma idéia, quando assumimos o Ypiranga, o time devia à Justiça Federal, pois tinha muitas dividas com eles. A divida gira em torno de 150 mil reais junto a Procuradoria Geral da Fazenda. Mas nós fomos beneficiados com a Lei 2941 até 30 de novembro onde nós pagamos a vista. Conseguimos pagar a vista todos os débitos federais. O Ypiranga ainda tem débitos, mas os principais nós estamos pagando.
O que te deixa mais satisfeito e qual seu pensamento com relação ao Ypiranga?
A coisa mais feliz, que me deixa contente e satisfeito é de ver vocês me entrevistando, de ver essa torcida prestigiando nosso clube e que com toda certeza vamos lutar para devolver o Ypiranga ao lugar de onde nunca devia ter saído, a primeira divisão do futebol da Bahia.