Entrevista concedida para a Equipe dos Galáticos.
Quais as principais características do volante Fausto?
Um jogador de muita determinação, muita força, um incansável, que quando entra em campo dá o máximo, o seu melhor para ajudar a qual equipe esteja defendendo.
Comente sobre sua passagem no Bahia
Graças a Deus foram dois anos muito felizes onde tive muitas vitórias e conquistei algumas coisas. Para mim foram dois anos muito bons, dois anos de minha carreira onde fiz muitas amizades, tive o carinho do torcedor, aprendi a gostar daquele clube.
Você esteve próximo de um acerto com o Atlético, mas fechou com o Madre de Deus. O que impediu sua ida para o time de Alagoinhas?
Sim! Foram algumas pendências que tiveram no contrato por parte da diretoria do Atlético. Quando eu estava em Natal, defendendo as cores de ABC teve o contato através do presidente, mas foram detalhes.
Você foi rebaixado com o ABC para a série C em 2009. O que ocorreu no grupo para deixar acontecer tamanha “tragédia”?
Quando cheguei lá o ABC estava em uma situação meio difícil. É uma pena! É um clube que tem uma estrutura muito boa, condições de trabalho, estrutura de campo, um estádio belo, bem organizado. Mas foi um ano onde a diretoria do ABC se perdeu um pouco, onde cheguei e encontrei o time em último lugar na tabela. Foram uma série de erros e como diz o ditado: “o que começa errado, termina errado”.
E no Madre de Deus, como você tem se sentido?
Estou me sentindo muito bem, graças a Deus! Depois de um tempo que fiquei sem jogar, até na série B joguei poucas partidas e agora voltando mais rápido estou conseguindo entrar em minha forma, voltando a ser aquele Fausto que defendeu as cores do Bahia.
Qual o segredo para o Madre de Deus manter a boa campanha e seguir invicto?
É um time humilde. Sabemos das nossas limitações, mas sabemos também das nossas qualidades. É um time jovem, chegando alguns jogadores experientes para somar com nossa juventude. É um pessoal que se gosta, se respeita e trabalha, trabalha muito. A gente está trabalhando sério, com os pés no chão e sabemos que ainda não ganhamos nada, mas isso é bom para a equipe. Estamos invictos na competição e não é a toa porque foi um planejamento que foi feito e estamos lutando para melhorar muito mais e chegar a um lugar ainda melhor.
Você é nascido em Salvador mas não começou em clubes baianos. Você chegou a fazer testes nos times do estado?
Sim, fiz muitos. Desde cedo que é o meu sonho pois eu não tinha muito o que fazer na época de moleque. Desde os oito anos que acompanho meu pai jogando, embora ele não tenha sido um profissional, mas sempre acompanhei. Fiz testes no Camaçari, no Vitória, no próprio Bahia, mas em outra posição, pois na época jogava de atacante. Fiquei até um tempo no Bahia, mas naquela época o clube não tinha condições de arcar com o transporte e como morava em Camaçari, ficava difícil, por isso não deu certo.
Seu contrato com o Madre de Deus é até o final do campeonato baiano. E se o time se classificar para a série D, você pretende seguir ou vai buscar jogar o brasileiro em uma divisão superior?
Meu objetivo quando vim para o Madre de Deus foi fazer um grande campeonato baiano, ajudar a equipe a se destacar como está sendo e para voltar a uma grande equipe do cenário nacional. Eu sei que ainda tenho muito a dar no futebol brasileiro e espero aqui no Madre de Deus poder ser reconhecido por uma grande equipe do futebol nacional. Eu creio em Jesus que o Madre de Deus irá conseguir chegar onde quer pois é uma equipe que está se estruturando. Mas meu objetivo é fazer um bom campeonato baiano e voltar a jogar em uma grande equipe do futebol nacional, não que o Madre de Deus não seja uma grande equipe, mas sabemos que ainda está começando e todo começo é difícil e ainda falta muito para ela ser comparada a uma grande equipe do futebol nacional.
Você passou por uma fase depressiva há pouco tempo, entre a saída do Bahia e a época que estava no ABC. Você poderia falar um pouco sobre isso ou não se sente a vontade de comentar o assunto?
Não, tranqüilo, me sinto bem a vontade! Foi uma fase que já foi superada. Deus já me deu a condição de superar isso, me deu forças e me capacitou para superar. Foi uma fase difícil quando sai do Bahia pois tive um problema de saúde, emagreci cerca de oito quilos, foi uma virose, mas em dois meses já estava recuperado. Mas o problema maior foi que meu pai caiu doente, ele é diabético, começou a fase o tratamento de hemodiálise, até hoje ele faz . E logo em seguida meu sobrinho, com 18 anos, no primeiro emprego em Camaçari, quando ia fazer um mês levou um tiro na cabeça e veio a falecer. Foi um problema muito sério para a família, minha família é pequena, muito unida e a gente sentiu muito. Naquele momento eu abri mão de tudo, da minha vida pessoal, para viver para minha família porque se minha família está bem, eu estou bem. A minha base é minha família. Em primeiro lugar vem Deus e logo depois vem minha família.
Como é a sua relação com Arturzinho, com quem trabalhou tanto no Bahia quanto no ABC?
A minha relação com Arturzinho foi muito boa, mas hoje a gente não tem nenhum contato. Eu conheci o Arturzinho aqui no Bahia, é uma pessoa que eu admiro muito pela sua personalidade, pela sua vontade de trabalhar, vontade de vencer. Ele acrescentou muito em minha carreira profissional. Para mim foi um privilégio ter conhecido, ter trabalhado com ele. Não esperava ele me ligar e pedir minha contratação no ABC pois foi um momento que eu estava precisando pois estava parado.
Agradecimentos à Assessoria de Imprensa do Madre de Deus Sport Clube