Eleito o melhor lateral-direito da história do Bahia, o ex-jogador Luís Alberto concedeu entrevista ao
Galáticos Online para falar sobre sua carreira, decepções, alegrias. Comentou também sobre o título que ganhou do clube e sobre os atuais laterais do Tricolor.
Em quais clubes você atuou?
Comecei no Mecânico, que era um clube amador de Feira de Santana, depois fui para o Fluminense de Feira, depois fui emprestado ao Flamengo, voltei ao Bahia onde joguei durante sete anos e encerrei minha carreira jogando no Atlético de Alagoinhas, através do treinador Alencar, aquele mesmo que jogou no Bahia.
Você jogou quanto tempo no Bahia?
Passei sete anos no Bahia. Cheguei em 1971 e fiquei até 1978, onde fui heptacampeão baiano junto com Eliseu (Godoi), que chegou primeiro do que eu, o Roberto Rebouças, Baiaco, o Douglas chegou nessa época, Picolé, Natal, que chegaram depois mas fazem parte dessa história.
Tem algum clube de coração?
É uma satisfação muito grande gostar de três times importantíssimos do futebol baiano nos quais eu joguei, o Fluminense de Feira, o Atético de Alagoinhas e o Bahia, time que torço, o time do meu coração.
Quando passa pela rua as pessoas ainda te conhecem, principalmente aqueles torcedores que viveram o heptacampeonato estadual?
Com certeza! Muitos me conhecem, principalmente agora que trabalho na Rádio Cristal, que tem uma boa audiência. Recebo muitas mensagens, e-mails e tenho muitos amigos no trabalho e também por onde passo.
Se aposentou em qual clube e porque?
Me aposentei no Atlético de Alagoinhas. Ainda tinha contrato com o Bahia, mas devido a turbulência com o presidente Maracajá, sai do Bahia, fui para Feira, onde tinha negócio, mas o Alencar foi para Feira e me convenceu a jogar no Atlético, onde fiquei dois anos até parar de jogar.
Me aposentei cedo. Tive uma lesão grave no joelho direito onde tive que levar 78 pontos em um BaVi após uma jogada com o jogador França, que hoje está no andar de cima.
Após o futebol, o que passou a fazer?
Hoje sou formado em Administração de Empresas, trabalho como jornalista na rádio e graças a Deus estou bem.
Qual sua grande decepção no futebol?
Tinha sido convocado para a seleção brasileira em 74 com o Zagalo, mas com a contusão não pude participar da Copa do Mundo, sendo essa única decepção na minha carreira. Fui convocado mas não pude jogar e atuando no Nordeste, jogando pelo Bahia, onde é difícil ter jogadores observados.
O torcedor mais novo não te conhece, mas você foi eleito o melhor lateral-direito da história do Bahia
Eu fui eleito o melhor jogador da posição do Bahia onde tenho fotos com o presidente do Bahia, uma placa dizendo que fui o melhor lateral-direito dos 70 anos do Bahia. Concorri com o Leone, Mailson e Zanata, mas tive o privilegio de ser escolhido. Em outubro recebi uma camisa oficial do clube com meu nome lá em Pituaçu.
Daniel Alves não entrou na lista porque?
O Daniel Alves não entrou porque ele jogou pouco no clube, se não me engano foram dez partidas, por isso não entrou na eleição. É um grande jogador, titular da seleção, do Barcelona, mas se ele entrasse seria o melhor lateral de todos os tempos do Bahia.
Como você vê hoje a lateral-direita do Bahia?
Bahia estava sem lateral-direito e eu disse ao presidente [Marcelo Guimarães Filho] que como time grande a equipe não podia jogar sem lateral. Mas se acertou com a chegada de Neto, pena que o Coelho não deu certo porque machucou. O Neto está cumprindo bem seu papel como lateral, precisa apenas treinar um pouco mais para acertar mais os cruzamentos pra ser o lateral ideal que o Bahia precisa.
Como torcedor e ex-jogador, o que espera do Bahia em 2013?
Espero que o Bahia em 2013 coloque o cabeça no travesseiro, pensem bem e contrate melhor, não fique recebendo filmes e DVDs de jogadores, mande olheiros para o Sul, Sudeste nas férias para observar os bons atletas em duas, três partidas.