O time de basquete do Vitória está muito próximo de ter o seu fim depois de pouco menos de três anos. Com o impasse na renovação de contrato entre o clube e a Faculdade Universo, o diretor Marcelo Falcão recebeu a orientação de encerrar todos os contratos da comissão técnica e dos jogadores.
Foto: Divulgação / ECVitória
A equipe do site Galáticos Online entrou em contato com o treinador do Universo/Vitória, o experiente Régis Marreli que em um tom de tristeza confessou que ficou chateado com a notícia recebida na última quarta-feira (2).
"Ontem a gente foi pego de surpresa. O diretor Marcelo (Falcão) me ligou e colocou essa situação pra gente e realmente fiquei chateado porque era um projeto que vinha crescendo, a gente sentia a torcida, o povo de Salvador reconhecendo a gente. Íamos no shopping e o pessoal vinha, conversava, perguntava... Estavam acompanhando mais, a própria imprensa estava acompanhando mais. O ginásio tinha um bom público, pessoal de Cajazeiras sempre junto, acompanhando, torcendo... A gente sentia que as coisas estavam evoluindo. Ainda a gente sente que tem muito a cultura do futebol e isso era legal porque estava devagarzinho mudando um pouco. É lógico que o futebol sempre será o carro-cheque, mas já mudava-se um pouco a situação dos esportes, o pessoal interagindo e isso era bem legal", disse Régis Marreli.
O técnico do Universo/Vitória também comentou sobre a vida do esportista brasileiro e voltou a lamentar o término do projeto.
"Faz parte! A gente sabe que vivemos assim. Cada hora está num lugar, cada hora está num time... É pena pelas coisas que estavam evoluindo bem, estavam crescendo. A empatia entre o time e torcida era legal e por toda essa situação a gente fica chateado, mas isso daí faz parte. A gente sabe que sempre que acaba uma competição isso pode acontecer. Ter mudança de jogadores, ter mudança de comissão técnica. A gente só não esperava que o time acabasse. Isso é o que acabou deixando a gente realmente chateado. O esporte no Brasil é assim: dificilmente você tem estabilidade", explicou ao Galáticos Online.
Régis Marreli finalizou agradecendo a todos os envolvidos na parceria que deu certo mas pelo visto durou pouco tempo.
"Aproveitar o momento para agradecer todo o carinho. Estou desde o início do projeto e são quase três anos... A gente viu um crescimento de uma torcida que não entendia muito o que era basquete, foi aprendendo e hoje é uma torcida participativa, uma torcida que tem um carinho muito grande. Um lugar diferente de todos que eu trabalhei, independentemente de ganhar ou perder, ia ao ginásio apoiar, queria atenção, uma foto, um autógrafo (...) Foi uma relação muito legal com Cajazeiras, a torcida de Salvador de uma forma geral, a do Vitória. Tenho muitos amigos em Salvador, gostei muito. Seria um lugar que eu moraria tranquilamente, com um povo muito alegre, receptivo. Só tenho coisas boas para falar, vou sentir muita saudade".